A violência em escolas tem se tornado um ciclo perturbador e mortal cada vez mais presente na sociedade necessitando medidas de segurança aprimoradas. Nos últimos anos, diversos casos de violência envolvendo armas foram registrados em escolas do país. Em 2011, um jovem de 14 anos entrou armado em uma escola municipal de Realengo, no Rio de Janeiro, e disparou contra alunos e professores, matando 12 pessoas. Em 2019, dois jovens invadiram uma escola em Suzano, também no estado do Rio de Janeiro, e mataram 8 pessoas antes de se suicidarem. Já em 2021, uma estudante de 14 anos levou uma arma para uma escola em Santa Catarina e atirou contra colegas de classe, deixando dois mortos e quatro feridos. Inúmeros outros tiroteios e ataques em escolas aconteceram na última década, incluindo uma série eventos ocorridos no inicio de 2023.
Diretores de escolas públicas e privadas têm se esforçado para impedir que tais crimes ocorram. Proteger adequadamente uma instituição de ensino inteira, onde pode haver dezenas de entradas, é uma tarefa assustadora. Os poucos colégios que empregam dispositivos de inspeção com detecção de metais geralmente os usam apenas para eventos especiais, como competições esportivas, shows ou formaturas.

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Para ajudar a provar a necessidade de detectores de metal em escolas, uma grande rede de ensino realizou inspeções surpresa usando detectores em seus alunos do ensino médio. Entre as dezenas de armas descobertas estavam facas de caça e canivetes, soqueiras e machados. Essa inspeção surpresa foi eficaz para evitar que muitos itens ilegais chegassem a sala de aula. Geralmente, o mero anúncio do uso do detector de metais serve como um impedimento que desencoraja os alunos de tentar trazer armas para a escola.
Para muitas escolas, a inspeção aleatória provou ser econômica e eficiente na localização de itens proibidos. Porém uma questão levantada sobre tal estratégia é: quão bem-sucedida pode ser a triagem aleatória se 100% das pessoas que entram em um prédio não são revistadas? Qualquer operação de segurança bem-sucedida é relevante – uma meta de segurança pertinente ao ambiente escolar deve ser escolhida. A estratégia de segurança em uma escola deve ser elaborado para evitar ao máximo que os alunos introduzam objetos metálicos perigosos na sala de aula.
Definir um sistema que desencoraje a entrada de alunos com armas deve ser o objetivo. Uma política de não tolerância, juntamente com a implementação de um programa conscientização escolar, é altamente recomendada. Um plano de segurança deve estabelecer diretrizes relativas a inspeções com detectores realizadas por colaboradores do colégio. Enquanto policiais só precisa ter um “motivo” para revistar indivíduos, uma escola necessita de diretrizes específicas que definam uma metodologia para realização das inspeções.
Inspeção Aleatória
As buscas/inspeções aleatórias podem ser realizadas com portais detectores de metais ou detectores de metais manuais. Algumas escolas optam por transportar aleatoriamente detectores de metal entre as entradas para realizar operações de revista sem aviso prévio – aumentando ainda mais a dissuasão psicológica. Recomenda-se que apenas o responsável pela segurança da escola saiba onde será a inspeção no dia a dia.
Uma equipe de triagem experiente com um detector de metais manual pode realizar uma busca em sala de aula com 20 a 30 alunos em menos de 15 minutos. Em uma inspeção aleatória, essa equipe poderia, assim, selecionar e pesquisar várias salas de aula durante o período de aula. Uma parte importante do sucesso dessas buscas é manter o processo verdadeiramente imprevisível.

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Embora a triagem aleatória seja um método menos intrusivo de reduzir entradas de armas em escolas, a combinação de pontos de verificação de triagem regulares e a técnica de inspeção aleatória fornecerá um alto nível de segurança no campus escolar.
Inspeção Contínua de Armas na Entrada
Este método é o mais eficaz, mas requer mais recursos em termos de mão-de-obra e equipamentos. Muitas escolas não podem absorver tais despesas e não estão dispostos a lidar com os longos atrasos causados pela inspeção contínua de armas nos pontos de entrada. Apesar disso, programas de inspeção como este podem ser considerados um pequeno esforço para acalmar pais, alunos e colaboradores após um grave incidente com armas.
Em instituições de ensino que implementam um programa de inspeção completa no ponto de entrada, é mais econômico no longo prazo comprar equipamentos de detecção de metais de alta qualidade. Deficiências no equipamento apenas criarão a necessidade de mais pessoal na etapa de busca manual para compensar o baixo desempenho de portais de baixa qualidade.

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Detectores multi-zona mais recentes podem ajudar a acelerar o processo de triagem, identificando onde o objeto de metal detectado está localizado no corpo. O fluxo de pessoas através dos portais detectores deve ser mantido estável, mas em um ritmo que permita ao vigilante controlar todos indivíduos.
O pessoal de segurança também deve planejar cuidadosamente os indivíduos que podem empregar técnicas de despiste. Uma área de triagem mal estruturada pode permitir que uma pessoa ainda não inspecionada passe um item ilegal para uma pessoa que já foi inspecionada. Em outros casos, um infrator pode tentar contrabandear uma arma depois do expediente, quando os pontos de controle ainda não estão ativos, para serem utilizados posteriormente.
Algumas instituições de ensino optam pela utilização da porta giratória na inspeção contínua na entrada, porém o uso de portais permite uma flexibilidade nas inspeções, já a porta necessariamente bloqueia o fluxo, tendo em vista que muitos alunos possuem mochilas com partes metálicas, materiais escolares com metal além de objetos pessoais metálicos a probabilidade de filas na entrada do colégio com a porta giratória são eminentes.
Outras desvantagens da porta giratória com detector de metais é o caso de crianças pequenas, que muitas vezes sequer força para empurrar a folha de uma porta possuem, podemos também listar a possibilidade de esmagamento dos dedos do aluno, caso empurre a porta de forma incorreta e por fim temos o efeito psicológico negativo que o travamento de uma porta em sua face pode causar, facilmente gerando traumas irreversíveis no psicológico em formação de uma criança/adolescente.
Inspeção Aleatória versus Contínua
Na estratégia de implementação de detectores de metais em escolas a inspeção aleatória pode não ser tão eficaz quanto a inspeção contínua na entrada. O método escolhido depende dos recursos disponíveis. A verificação completa de vários pontos em todos os que entram na instituição de ensino – conduzida por pessoal bem treinado – certamente seria o melhor. Onde os recursos não estão disponíveis, a varredura aleatória pode ser benéfica.
É o número de armas encontradas por varredura aleatória que pode ser uma referência para os administradores escolares avaliarem se a inspeção contínua dos pontos de controle deve ser considerada. A detecção de um grande número de objetos proibidos por um sistema de segurança escolar geralmente indica um certo desprezo dos alunos por esse sistema de inspeção.
Recomenda-se que as configurações de sensibilidade nos portais detectores sejam ligeiramente alteradas de tempos em tempos. Tais mudanças asseguram que os usuários “regulares” de um sistema nunca tenham certeza do que irá detectar. Mais uma vez, um plano de segurança eficaz oferece a solução primordial. Recomenda-se que seja preparada uma política por escrito relativa aos procedimentos gerais de inspeção e triagem.
Também é recomendado que os administradores escolares consultem o conselho jurídico sobre o desenvolvimento de diretrizes formais para o plano de segurança com a utilização de detectores de metais.